O DADO DO AMOR: Dezembro 2013

A Arte de Amar

Como posso fazer sempre e somente a vontade de Deus?

Só existe uma resposta: viver a arte de amar no momento presente da vida, como nos ensinava Chiara Lubich, fundadora dos Focolares.

Amar que significa estar a serviço. Esta arte tem 6 pontos fundamentais, segundo o Evangelho.

1- Amar a todos. Não fazer nenhum tipo de distinção, que o nosso julgamento humano possa sugerir.

2- Reconhecer a presença de Deus em todos.

3- Amar como a si mesmo. Fazer aos outros o que gostaríamos que fosse feito a nós. Colocar-se no lugar do outro.

4- Usar a tática do apóstolo Paulo: Fazer-se Um com todos. Chorar com quem chora e alegrar-se com quem se alegra.

5- Amar por primeiro. Tomar sempre a iniciativa no amor. Não pretender nem esperar nada dos outros.

6- Amar o inimigo. Esse é o ponto mais difícil, porém sem ele o nosso amor não é de natureza divina.

Apolonio

A FRATERNIDADE COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA

A experiência de vida e de relação com Deus, o paradigma evangélico, interdependência e diálogo cooperativo são alguns dos elementos que constituem uma nova proposta teórico-prática para a educação, cujos primeiros frutos já se espalham pelo país.

Luís Henrique Marques

O que leva um grupo de professoras do ensino público a empenhar-se voluntariamente num projeto de inclusão social cujo público alvo são crianças no ensino fundamental (algumas das quais portadoras de necessidades especiais), tendo como paradigma o amor evangélico? Para a diretora de escola Maria Eugênia Silva Oliveira e mais quatro professoras da cidade de Piracicaba (SP) — Ana Lúcia Cascadam, Maria de Lourdes Carvalho Caldara e Tereza Horibe —, a resposta passa pela descoberta da fraternidade como prática pedagógica. De fato, a experiência realizada pelo grupo de Piracicaba parte de uma concepção teórico-prática segundo a qual a incorporação de valores como o amor ao próximo, o diálogo, a solidariedade recíproca constituem o fundamento de um novo olhar sobre a educação. "Procuramos envolver os educandos para levá-los a colocar em prática valores e educá-los para a importância dos mesmos na convivência humana. Esta ação culminou numa atuação pedagógica em equipe, tanto entre professores da própria escola, quanto além da mesma", conta Maria Eugênia. A diretora explica que a superação, por parte de todos, dos limites típicos tanto de alunos como de professores, ao final, trouxe resultados surpreendentes: além de desenvolverem habilidades motoras e artísticas, alunos portadores de necessidades especiais (Síndrome de Down e outras) passaram a ser vistos com carinho e, portanto, sem qualquer preconceito, pelos demais colegas que integram a fanfarra da escola.Experiências como essa, mais que contribuírem apenas para uma nova escola, representam um passo fundamental para a construção de um mundo novo no qual a pessoa humana é respeitada na sua dignidade e a humanidade é concebida como uma grande família. Nisso constitui-se a chamada Pedagogia da Fraternidade, proposta que se inspira no Carisma da Unidade, do Movimento dos Focolares. "Pensar a educação para a fraternidade significa difundir em todo o mundo uma forte corrente de fraternidade universal, pois foi Jesus, modelo de mestre, que pediu ao Pai ‘que todos sejam um’, revelando à humanidade esse grande projeto político de ser uma só família, no respeito às diversidades culturais", explica o professor Samuel de Souza Neto. Doutor em Educação e docente do Departamento de Educação do Instituto de Biociências da Unesp (Universidade Estadual Paulista), campus de Rio Claro (SP), ele é um dos principais protagonistas e difusores dessa proposta no Brasil.Elementos conceituaisConforme publicado por Cidade Nova na edição de novembro do ano passado, uma importante iniciativa que vai ao encontro dessa nova pedagogia é o "Projeto Escola de Educadores — A Fraternidade como Prática Pedagógica", iniciativa coordenada pelo professor Samuel de Souza Neto, a qual, a partir de 2004, foi assumida pela Unesp e transformou-se num curso de extensão universitária. Denominado "A Educação para a Paz: possibilidades pedagógicas", o curso inspirou uma série de novos projetos, como é o caso do desenvolvido em Piracicaba (veja quadro). "Chiara Lubich (fundadora do Movimento dos Focolares) afirma que cada um é dom de amor para o outro", explica a professora e pesquisadora Jaqueline de Moraes Fiorelli ao referir-se a um dos principais elementos teórico-práticos da Pedagogia da Fraternidade. "Se a palavra ‘amor’ não é entendida como puro sentimentalismo, passa a se constituir em paradigma regulador de nossas ações, o que implica a abertura ao outro, à sua realidade, a tudo aquilo que ele traz consigo (conhecimento produzido, experiência cultural…)". E completa: "Nesse ‘outro’, no nosso caso, em especial, estão implicados todos os sujeitos que fazem parte do universo da escola: desde o diretor até o aluno". Nesse sentido, o professor de ensino fundamental, Paulo César Rodrigues, conta que a paciência, combinada com pequenos gestos de amor, pode levar os alunos a praticarem também eles essa abertura para com o outro. Rodrigues conta que, incentivada a tomar a iniciativa em conhecer uma colega que lhe era pouco simpática, uma de suas alunas não só descobriu qualidades na mesma como tornou-se uma grande amiga dela. Outros dois alunos — conta o professor —, por sua vez, ao ajudar os colegas com maior dificuldade na matéria, constataram ser a solidariedade um instrumento indispensável à própria realização pessoal.Ainda segundo Jaqueline Fiorelli, a nova proposta pedagógica pode possibilitar uma reorganização do currículo (em forma de rede, como um entrelaçamento entre as disciplinas, num processo de cooperação e enriquecimento mútuos) e metodologia da escola, "como também desencadear mudanças nas relações interpessoais". Com efeito, de acordo com a pesquisadora, "a mudança não deve acontecer só nas estruturas, mas naquilo que é o coração, a alma da escola, que são as pessoas que dela fazem parte". Entre outros conceitos que inspiraram iniciativas concretas dentro da Pedagogia da Fraternidade está o de Inteligência Espiritual (IE), amplamente abordado pelo curso. "A Inteligência Espiritual é a competência do ser humano para refletir sobre o sentido da vida", explica Maria de Lourdes Carvalho Caldaran, de Piracicaba (SP). Ela lembra que a IE supera os já clássicos conceitos de Quociente de Inteligência (QI) e Quociente Emocional (QE), ambos considerados ideais para o crescimento profissional e financeiro, mas pouco indicados para tratar dos problemas existenciais.A identidade do professorComo parte do processo de construção de uma pedagogia da fraternidade, uma exigência indispensável é o resgate da identidade do professor. Segundo o filósofo e professor Vanderlei Barbosa, a superação da atual crise de identidade pela qual muitos profissionais do ensino passam começa, na realidade, na própria crise de sentido para a educação. Em consonância com a proposta da Pedagogia da Fraternidade, Barbosa lembra o conceito do pensador Paulo Freire, para quem "educar é impregnar de sentido a vida das pessoas". Por isso, para o filósofo, o papel político-cultural da educação que humaniza o ser não deve ser ignorado pelo professor, não obstante as dificuldades com as quais se depara cotidianamente no exercício da profissão. A essa visão, Vanderlei Barbosa acrescenta a necessidade de um exercício de leitura crítica da realidade na qual se inserem educadores e educandos.A consciência advinda do resgate desse papel do educador já é um passo fundamental para que esse profissional recupere a auto-estima. É o que constatou a professora de Informática Educativa e auxiliar de direção de uma escola da rede municipal de ensino de São Paulo, Clarice Salari, ao valorizar o trabalho de uma colega às vésperas de sua aposentadoria. Ela conta que a colega, desanimada, já não tinha mais disposição para a sala de aula, o que a distanciava ainda mais dos alunos. Clarice relata que a convidou, então, para a realização de um projeto conjunto através do qual poderia aplicar ferramentas da informática no ensino de sua matéria. Com o tempo, o retorno dos alunos não só a fez descobrir as qualidades de cada estudante como revigorou nela o entusiasmo e a competência no exercício da docência. Entusiasmo e competência, a propósito, reconhecidos por cada um dos colegas professores, que a cumprimentaram pessoalmente pela apresentação do projeto na Semana do Folclore realizada na escola.O "Dado do Amor’’Para a educadora e secretária de Educação de Bauru (SP), Ana Maria Lombardi Daibem, a construção da identidade do professor é fruto de um processo realizado ao longo da sua própria vida. Processo que, segundo ela, deve estar alicerçado em valores inspirados no Evangelho. Com efeito, as experiências baseadas na Pedagogia da Fraternidade têm em comum aquilo que Chiara Lubich chamou de "Arte de Amar", cujos pressupostos são essencialmente evangélicos. "A ‘Arte de Amar’, que se traduz na interdependência das pessoas — no esforço de amar a todos, de ser o primeiro a amar, de reconhecer Jesus no outro, de ‘fazer-se um’, de amar o inimigo, de praticar o amor recíproco —, sintetiza os princípios e objetivos desta pedagogia", explica o professor Samuel. "Ilustra muito bem a ‘Arte de Amar’ o que propõe o livro ‘O dado do amor’ (da Editora Cidade Nova)", completa. Para os protagonistas dessa nova pedagogia, "jogar o Dado" — uma brincadeira "daquelas sérias" e "para todas as idades" —, entre outros gestos simples e criativos cuja centralidade está em valorizar a dignidade de cada pessoa, tem se revelado revolucionária, tanto por criar uma nova escola como por fazer dela instrumento de criação de uma nova humanidade.A experiência de São SebastiãoA Escola Estadual Josefa Santana Neves está localizada num dos bairros mais violentos da cidade de São Sebastião, no litoral Norte do Estado de São Paulo. Foi nesse ambiente que nasceu uma experiência que tem revolucionado o cotidiano dos estudantes, professores, funcionários e pais de alunos. Coordenada pela professora e diretora Marilda Massucatto Braga e inspirada no Projeto Escola dos Educadores, a iniciativa foi chamada de Escola Cidadã Ecopedagógica. Essa experiência, entre outras — parte das quais relatadas neste artigo — foram apresentadas durante o 5o Congresso de Educação, do Movimento Humanidade Nova (expressão do Movimento dos Focolares), evento realizado nos dias 15 e 16 de outubro na Mariápolis Ginetta (Vargem Grande Paulista-SP) e cuja temática central foi "Escola: construindo espaços de fraternidade". O objetivo fundamental desse trabalho — explica a pedagoga — é favorecer o desenvolvimento integral do ser humano, isto é, de acordo com as perspectivas pessoal, social e ambiental. Segundo ela, um importante passo para o sucesso desse projeto foi a adesão entusiasta do grêmio estudantil da escola. A partir da "brincadeira" de jogar o "Dado do Amor" (em duas versões, uma delas adaptada a temas ecológicos) em diferentes atividades pedagógicas e reuniões, toda a comunidade escolar experimentou mudanças significativas nas relações humanas, além do aprendizado de valores e conceitos como a cultura da paz, a solidariedade recíproca e o diálogo. "Na minha sala de aula houve uma melhora na convivência entre os colegas", testemunha Ana Gabrieli, do primeiro ano do ensino médio. A adesão entusiasta da comunidade escolar a esses valores levou os alunos a expressá-los, através de faixas, durante o desfile do Dia da Pátria. Esse testemunho, por sua vez, tem atraído outras escolas que, agora, também "querem jogar o Dado", conta a diretora Marilda.O "mundo" da educaçãoA Pedagogia da Fraternidade consiste numa das expressões do chamado "mundo" da educação do Movimento Humanidade Nova, setor de amplo alcance do Movimento dos Focolares cujo campo de atuação é a vida social. Constituído principalmente por leigos, mulheres e homens que se propõem a viver na sociedade com o espírito da unidade, Humanidade Nova busca renovar e transformar, através do testemunho pessoal e coletivo dos seus membros, os vários campos de atuação social, irradiando o espírito da unidade da forma mais ampla possível, de modo a contribuir para a realização do Mundo Unido.Entre as formas de atuação típica de Humanidade Nova estão as chamadas "células de ambiente", grupos de pessoas que, ao exercerem o seu trabalho num mesmo ambiente (na mesma escola, escritório, hospital etc.) e possuíndo esse mesmo espírito de unidade, procuram renová-lo, também nas suas estruturas, através do testemunho conjunto da unidade e do profissionalismo, valendo-se inclusive de metas e ações.Entre esses ambientes de atuação social ou "mundos", como costumam dizer os membros de Humanidade Nova, estão: o da saúde; da economia e do trabalho; da política e administração pública; da comunicação social; da ética social, direito e justiça, além da cultura, educação e escola, entre outros. Estão também diretamente relacionados à atuação de Humanidade Nova: o Projeto de Economia de Comunhão na liberdade e o Movimento Político pela Unidade. No Brasil, o "mundo" da Educação é um dos mais articulados, atualmente.De acordo com o professor Samuel de Souza Neto, há anos, professores e outros profissionais do "mundo" da educação têm feito uma caminhada que visa animar todas as pessoas envolvidas nesse meio — o que inclui estudantes e pais de alunos — a abraçar a Pedagogia da Fraternidade, proposta que passou a ser delineada por ocasião da aula magna ministrada por Chiara Lubich na solenidade de outorga do título de doutor honoris causa em Pedagogia que recebeu, em 2000, da Universidade Católica de Washington, nos Estados Unidos.De 2000 para cá, foram realizados muitos congressos em todas as regiões do país, nos quais foram abordados temas que buscam aprofundar a proposta pedagógica de Chiara, tanto em termos teóricos quanto práticos.

Revista Cidade Nova - 07/2007

Chiara Luce Badano

ROMA, segunda-feira, 22 de março de 2010 (ZENIT.org).- Chiara Badano, uma jovem italiana que morreu há 20 anos e foi membro do Movimento dos Focolares, será beatificada no dia 25 de setembro, às 16h.

Este foi o anúncio da diocese de Acqui, situada na região de Piemonte, ao norte da Itália, através de Dom Pier Giorgio Micchiardi.

A cerimônia será realizada no santuário Divino Amore de Roma. Será presidida por Dom Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, em representação do Papa Bento XVI.

Depois, às 20h30, na Sala Paulo VI, os jovens do Movimento dos Focolares comemorarão a beatificação de Badano. No domingo, dia 26 de setembro, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, será celebrada uma Missa de ação de graças, presidida pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado vaticano.

Deus é Amor

Esperada durante 11 anos pelos seus pais, Chiara nasceu em Sassello, ao norte da Itália, em 29 de outubro de 1971. Desde muito pequena, mostrou um profundo amor a Deus.

Aos nove anos, tomou conhecimento do Movimento dos Focolares, ao participar com seus pais, em Roma, da Family Fest, um encontro mundial organizado por esta realidade eclesial que teria futuramente um impacto decisivo para os três membros da família.

A jovem era extremamente ativa no Movimento Gen (Geração Nova), dos Focolares, onde descobriu que Deus é Amor.

Ela gostava de esportes, dança e canto. Aos 16 anos, decidiu consagrar-se a Deus.

A prova

Ela tinha 17 anos quando sentiu uma forte dor nas costas durante uma partida de tênis. Logo nos primeiros exames, os médicos se deram conta que se tratava de câncer nos ossos.

Com o passar do tempo, as hospitalizações tornaram-se mais frequentes e os tratamentos, cada vez mais dolorosos. Depois de cada “surpresa” dolorosa, Chiara repetia: “Por ti, Jesus. Se Tu queres, eu também quero!”.

Depois, uma das provas mais duras chegaria: Chiara não conseguia mais movimentar as pernas. Uma dolorosa operação não ajudou em nada. A dor era imensa. Disse a uma de suas amigas: “Se eu tivesse de escolher entre caminhar ou ir ao Paraíso, não teria dúvida, escolheria o Paraíso. Agora, somente isso me interessa”.

Chiara “Luz”

Sua íntima relação com Chiara Lubich, fundadora dos Focolares (falecida em março de 2008), que a chamava de “Luz” (Chiara Luce), foi-se tornando cada vez mais intensa.

Quando, no verão de 1990, os médicos decidiram interromper os tratamentos, devido à incurável doença, no dia 19 de julho, a jovem informou Chiara Lubich com as seguintes palavras: “A medicina depôs as armas. Ao interromper os tratamentos, as dores na coluna aumentaram, quase não consigo me mexer. Sinto-me tão pequena e o caminho que devo percorrer é tão duro... Frequentemente tenho a impressão de que sou sufocada pela dor. É o esposo que sai ao meu encontro, não é mesmo? Sim, eu também repito com você: ‘Se Tu queres, eu também quero’... Com você, tenho certeza de que junto a Ele conquistaremos o mundo!”.

Chiara Lubich lhe respondeu: “Não tenha medo, Chiara, de dizer-lhe ‘sim’, repetidamente. Ele lhe dará forças, tenha certeza disso. Eu também rezo por isso e sempre estou com você. Deus a ama intensamente e quer penetrar na intimidade da sua alma, fazer que você experimente gotas do céu. ‘Chiara Luz’ é o nome que pensei para você. Gosta? É a luz do Ideal que conquista o mundo”.

Chiara faleceu no dia 7 de outubro de 1990. Ela havia preparado tudo: os cânticos do seu funeral, as flores, o penteado, o vestido – branco, de casamento. As últimas palavras que dirigiu à sua mãe foram: “Seja feliz, eu sou!”. Cerca de 2 mil pessoas participaram do funeral.

Quando seu pai perguntou-lhe se ela queria doar as córneas dos olhos, respondeu com um sorriso de aprovação.

A causa da beatificação foi aberta em 1990 e o milagre reconhecido deu-se na cidade italiana de Trieste. O decreto sobre este milagre foi promulgado no último dia 19 de dezembro, pela Congregação para as Causas dos Santos.

Trata-se da cura imprevista de um menino afetado por uma grave forma de meningite fulminante. Os médicos haviam lhe dado 48 horas de vida.

O bispo de Acqui garantiu que o testemunho de Chiara Badano “é significativo, em particular para os jovens. A santidade é necessária também hoje. (...) É preciso ajudar os jovens a encontrarem uma orientação, um objetivo, a superarem as inseguranças e a solidão, os enigmas frente aos fracassos, à dor, à morte e a todas as inquietudes”.

“É surpreendente – acrescentou Dom Micchiardi – este testemunho de fé, de fortaleza por parte de uma jovem de hoje. Ele comove e determina muitas pessoas a mudarem de vida”, concluiu.

O DADO DO AMOR

O Dado do Amor

Jesus como Educador

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Feliz Natal